Vivenciamos uma busca desenfreada por visibilidade, seja través de likes, comentários, views, leads, engajamento, acessos e etc.
Particularmente, não gosto de romantizar a pandemia, dizendo que ela “trouxe” isso ou aquilo de positivo, mas uma coisa é notória:
A pandemia causou uma enorme aceleração na transformação digital das empresas. Não precisa ser especialista para constatar, embora haja diversos estudos a respeito.
Veja, por exemplo, os cases da Vivo e da Localiza que ilustram perfeitamente esse avanço.
Com a transformação digital, fechamento do comércio físico e isolamento das pessoas, houve um crescimento exponencial de visibilidade dos negócios que, a princípio, eram locais, ou mesmo focais.
Você deve estar pensando: MAS ISSO É BOM, NÉ ???
Depende!
Se o seu negócio estava adequadamente preparado para receber não apenas essa atenção, mas também atender às novas demandas com qualidade, sim, pode ser muito bom.
A grande questão é que, quanto maior a visibilidade do seu negócio, mais as suas falhas ficam expostas!
Algumas falhas podem ser inofensivas, resolúveis a curto prazo, causar consequências brandas e, algumas outras, podem ser decisivas no sucesso ou fracasso do seu negócio.
ALTA VISIBILIDADE NÃO ATRAI SÓ CLIENTES, TAMBÉM ATRAI A CONCORRÊNCIA!
Um bom exemplo do que requer uma especial e forte atenção é a marca! Isso mesmo, o nome e/ou os elementos visuais que você utiliza com o intuito de criar uma conexão direta entre o seu serviço/produto e os consumidores.
Se você não acha isso importante ou decisivo no sucesso do seu negócio, tá na hora de se aprofundar um pouco mais no assunto e saber os riscos e benefícios.
Muitas vezes o produto ou serviço em si não é superior ao do concorrente, mas a mítica criada em torno da marca a torna tão especial, que os clientes não se importam em pagar mais por algo que teriam acesso por um preço ou investimento sensivelmente inferior.
Não vou citar exemplos, mas tenho certeza que você tem alguns em mente, sem esforço algum.
O detalhe é o seguinte: ao contrário do que pensam, domínios, blogs, sites, redes sociais, CNPJ, nome fantasia, razão social… NADA DISSO PROTEGE A SUA MARCA!
Não procede essa conversa fiada de que “registro na junta comercial confere proteção estadual”.
Proteção, exclusividade de marca e, consequentemente, a sua propriedade, são adquiridas exclusivamente através do registro no INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial.
Isso mesmo, REGISTRO! Nada de falar em patentear uma marca, combinado?
Domínios, sites, redes sociais nada mais são do que endereços eletrônicos do seu negócio, um local virtual de expressão e propagação da marca que você utiliza, registrada ou não.
Se a sua marca não está registrada, quanto maior o tráfego em seus canais digitais, maiores os riscos! Dentre eles, o de estar praticando o crime de concorrência desleal e uso indevido de marca registrada, passível de punição com detenção, multa e indenizações.
Isso sem contar a brecha que você entrega de bandeja ao seu concorrente: ele pode achar sua marca incrível, notar que você não a registrou e, assim, providenciar o registro e, posteriormente, te impedir de utilizá-la e ainda levar uma boa grana de indenização.
Marca exposta, sem registro, é tão frágil quanto guardar suas economias num cofre sem segredo, postando nas redes sua localização e conteúdo!
Todo o investimento realizado em busca do engajamento, do reforço de marca, dos leads, seguidores, curtidas e fidelização pode ser perdido em razão da desconsideração de um registro que, quando bem feito, pode ser concluído em poucos meses e tem validade inicial de 10 anos, renovável eternamente.
Me conta, depois de ler tudo isso: sua presença digital fortalece ou fragiliza a sua marca?